terça-feira, 18 de agosto de 2009

JUVENTUDE: “O CALCANHAR DE AQUILES” DO GOVERNO

Os jovens, em todo o mundo, têm assumido um papel determinante no progresso e desenvolvimento deste mundo, cada vez mais glogal, onde também nos incluímos. Os países modernos e competitivos assumem a participação dos jovens na política e em todos os sectores da sociedade como condição sine qua non do desenvolvimento. Não posso dizer que estamos a fazer o mesmo, mas para lá caminhamos.

É imperioso que os nossos governantes acreditem na juventude. Pois, acreditar na juventude é sinal de segurança, de esperança, de desenvolvimento, é sinal de um Cabo Verde cada vez melhor, é sinal do futuro. Só assim o futuro pode acontecer hoje.

Igualmente, é necessário que os jovens revelem os seus valores e qualidades. Os jovens devem procurar excelência em todos os momentos e em todas as situações. A procura de rigor e execelência não é, nem vaidade, nem arrogância. Temos de ter a capacidade de nos surpreender e surpreender os outros. Só com excelência faremos diferença e seremos mais competitivos.

Primar pela excelência é também primar pelo bem-estar dos cabo-verdianos, é tomar medidas que elevem o nosso país à um novo patamar. Quem é excelente não atira ao país um novo, pesado, imposto de selo em tempos de crise, não engorda o Estado em vez de promover o investimento privado, nacioal e estrangeiro.

O nosso Governo, neste segundo mandato, tem sido tudo menos excelente, não se primou pela excelência na remodelação do Governo e as medidas implementadas foram um fracasso.

Outrossim, não podemos esquecer que este Governo nunca teve uma política de juventude. Nos discursos politicos, poéticos, de José Maria Neves a juventude sempre teve um verso, contudo, nas suas acções a juventude foi sempre esquecida.

Neve teve sempre uma postura jovem e um discurso virado para a modernidade e para a juventude, o que lhe ajudou muito nas últimas eleições legislativas. Com efeito, o discurso de Neves conquistou, de facto, a juventude e deu-nos alguma esperança. Durante muito tempo, foi evidente a admiração dos jovens pelo nosso Primeiro-ministro. Contudo, como é óbvio, não podemos iludir, sempre, as pessoas com discursos e versos, não é esta a função de um Primeiro-ministro.

Passado a fase do deslumbramento, veio a desilusão. Os problemas são cada vez mais notórios e o desemprego aumenta a cada dia. Neves, acabou por falar, falar e não fez nada para a nossa juventude. Assim sendo, acredito que o próprio Neves esteja desiludido consigo mesmo, pois esta foi, provavelmente, a área onde o Governo teve mais insucesso.

Neves sabe que já não conta com a juventude para um terceiro mandado, por isso, já decidiu tentar ser Presidente da República. Para trás ficam os versos e os discursos, a juventude perdida e desempregada. Afinal o futuro não acontece e nem aconteceu com o Governo de José Maria Neves, afinal os jovens estão cada vez mais desempregados e não lhes foi dada a devida atenção e o devido valor.

Os jovens aguardam por novos tempos, por um novo Governo e por uma oportunidade. A esperança é sempre a última a morrer. Todavia, este Governo tentou matar a nossa esperança, porém estamos confiantes no futuro, confiantes em 2011. A juventude tem um forte peso na nossa sociedade, o mesmo peso que fez Neves e o PAICV ganhar duas vezes, os farão perder desta vez.

A juventude é, sem dúvida, o “calcanhar de Aquiles” deste Goveno em agonia. Já quase sem fôlego, o Governo desorientado, atira-nos um imposto de selo que nos impede de recorrer ao crédito, que diminui o nosso poder de compra e não nos dá nenhum incentivo. Diz-nos, o Governo, em publicidade enganosa, que o futuro acontece hoje com a inauguração de estradas, mas não nos diz que estas estradas nos têm endividado e que no futuro esta factura nos sairá muito cara. O futuro de que o Governo fala, não é mais do que um conjunto de pesadas dividas que a juventude terá de pagar.

Suplicamos por novos dias, novos ventos, novas marés, e não meros versos ou discursos de Neves, mas sim acções de um novo Governo preocupado com o futuro, com as novas gerações. É chegado a hora de, realmente e finalmente, fazer o futuro acontecer.

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