Muito bom dia senhores jornalistas .
Agradeço a vossa presença.
A própria polícia Nacional definiu o Estado da Nação: o crime aumentou exponencialmente o que demonstra o falhanço completo da política do Governo de José Maria Neves para a segurança dos cidadãos e reflecte o crescente desemprego e a miséria das populações.
Ocorreram mais de cinco mil crimes contra pessoas no nosso pequeno país, durante o primeiro semestre de 2010, dos quais quase 2 mil ocorreram na capital do país. Cerca de 30 crimes dia. Estes dados foram anunciados pela Polícia Nacional no dia 19 passado.
A Polícia Nacional disse também que houve um aumento, tanto na pequena como na grande criminalidade.
Em apenas um semestre foram registados 17 homicídios. Nove aconteceram na Cidade da Praia. Quase 3 assassinatos por mês.
Houve ainda 453 crimes de maus-tratos a mulheres.
Houve 40 casos de abuso sexual a menores e 54 de maus-tratos.
Estes são dados reais que mancham a imagem de Cabo Verde.
São dados que nos leva a concluir: vivemos num país cada vez mais inseguro. E contra factos não existem argumentos possíveis.
Enquanto isso, o Governo dorme e tenta distrair-nos com propaganda enganosa e com slogans bonitos do tipo Cabo Verde está na moda.
Mas a verdade é que na última década, durante a governação do PAICV, há um aumento significativo da criminalidade no nosso país. Foi a década do surgimento de ocorrências criminais antes desconhecidas como os Tughs e Cassu Body.
Porquê este aumento da criminalidade? Porque o Governo andou 10 anos a fazer discursos e poesias?
O que sentimos é que o Governo abandonou-nos à nossa sorte.
Em 10 anos de governação do PAICV, Cabo Verde perdeu muito. Infelizmente, também perdemos a nossa segurança, a nossa morabeza. Governar não é fazer discursos e poesias. Os dados revelam que o país real não é a utopia de José Maria Neves.
Como em tudo, o Governo promete uma coisa e faz outra.
CABO VERDE PRECISA DE MUDAR!
A criminalidade é um fenómeno associado a outros factores sociais e económicos. Não é por acaso que esta década de insegurança coincidiu com uma década de mais desemprego, de falta de educação, de saúde, de desespero dos jovens e de falta constante de energia.
Mas também foi a década em que a PN foi maltratada, ignorada e injuriada pelo Governo. Na ausência de uma estratégia adequada, o Governo unificou a Polícia Nacional. Uma medida de desespero que falhou à todos os níveis, prova disso é que nem conseguiu aprovar o tão esperado e proclamado Estatuto da PN.
Persiste uma carência permanente em meios humanos. Pouco se investe na qualificação. O sistema de avaliação de desempenho, bem como as progressões e promoções nas carreiras do pessoal policial, são deficientes. As chefias estão fortemente partidarizadas. O mérito não é tido em conta. O policiamento de proximidade só se vê no discurso.
CABO VERDE PRECISA DE MUDAR. E O MPD PROPÕE:
- Uma Policia orientada para a solução de problemas que afligem a segurança de pessoas e bens, em estrita sintonia com a comunidade. Uma polícia de base comunitária.
- Que o comando seja conseguido por mérito e não por afinidades partidárias.
- Criar na Cidade da Praia uma Esquadra especializada em violência baseada no género e violência contra menores.
- Um estudo sério sobre a fusão da Polícia de Ordem Pública, Guarda Fiscal, Polícia Marítima e Polícia Florestal em Polícia Nacional. E aprovar os instrumentos legais necessários, nomeadamente os seus Estatutos e acabar com este sufoco da polícia nacional.
- O MpD propõe ainda, implementar uma Academia de Formação Superior da Polícia.
- Reestruturar o Serviço de Apoio Social da PN.
- Implementar um sistema de videovigilância em determinados espaços físicos.
- Desenvolver programas educativos de prevenção do crime.
PRECISAMOS DE MAIS E MELHOR SEGURANÇA. É PRECISO GOVERNAR PARA AS PESSOAS.
CABO VERDE PRECISA DE MUDAR
Muito obrigado pela vossa presença.
João Dono
Membro do CJ do MpD