terça-feira, 28 de julho de 2009

PRAIA SEM ÁGUA – A VINGANÇA NUM PAÍS DE RENDIMENTO MÉDIO

“O que está na origem do dissabor com que os habitantes da cidade que alguns disseram ser o “Japão do Ocidente” (má memória, até porque os japoneses se lavam)? De ciência certa nada se sabe, uma vez que a ELECTRA, responsável por este “apagão líquido”, mostra-se tão avara de informações como de água. E, à falta de explicações que limpem as suspeitas, não falta quem diga que a empresa monopolista está a vingar-se: não lhe fizeram a vontade no que toca a iluminação pública, ora tomem! – corta-se no abastecimento, procurando colocar os praienses à imagem e semelhança da produtora e distribuidora de água – ou seja, literalmente porcos” – in http://www.liberal-caboverde.com/

A Cidade capital do país está sem água. A população corre desesperada atrás do líquido precioso. Ninguém sabe a origem do tamanho catástrofe. Apenas sabemos que ELECTRA (Governo) é o responsável. Explicações não temos. Cada um tenta adivinhar os seus porquês e há quem fala na vingança do Governo. Parece ser legítima esta explicação.

Parece também que, temos de sair a rua e gritar: “Queremos água, queremos água…”. Ulisses tem tentado dar uma outra pinta a Praia e quer uma praia limpa. Mas sem água, parece que nem a população estará limpa. Parece sabotagem…

3 comentários:

  1. Repescado da Semana este post tem também aqui a sua razao de ser pois tudo está interligado.

    Nao, nao vais escapar, porque eu também sou de Soncente, "sonder", refilon como tu. O prometido é devido, estou pois de volta para concluir o meu raciocinio sobre o bairrismo. Alias ja o tinha feito em parte, mas o meu comentario nao passou, devendo estar a viajar na Netosfera, porque nao acredito que a Semana tenha tido coragem de censurar o leitor mais produtivo deste espaço.

    Dizia pois que o bairrismo existe sim e pode ser saudavel se se respeitar as pessoas e as regras de um estado de direito. Criticar e mandar bocas sao coisas normais em democracia. Caricaturar também desde que feita com classe.

    Isto para dizer que Tchalé trata com muita ligeira esta questao de bairrismo. Até agora o bairrismo entre Soncente e Praia era uma brincadeira e apesar das derrapagens sobretudo em tempo de jogos de futebol, mesmo na altura colonial, ele vinha se sendo mais ou menos bem controlado.

    O problema é que nos ultimos 10 anos com o regresso do PAIGCV ao poder e a institucionalizaçao politica do bairrismo e regionalismo sobretudo pelo primeiro ministro e seus rapazes e familiares, o fenomeno atingiu patamares extremamente perigosos. Mas nao é o povo que está a praticar esse bairrismo mas sim politicos complexados que querem vingar-se de humilhaçoes do passado.

    O povo mindelense nao tem nada que estar a pagar pelos erros da sua elite politica e social e pelo racismo colonial que o soube explorar dizendo-lhe meentirinhas de superioridade aos ouvidos em comparaçao com os irmaos da Praia, os chamados badius. A proposito, ha um colonista no Liberal que ja analisou em dois artigos o fenomeno étnico dos badius e sampadjudos, analise muito fina e interessante.

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  2. ...continuaçao 2...Infelizmente sao pessoas como essas que nao sao especilistas na matéria que têm a coragem de abrodar estas questoes, quando os nossos antropologos por exemplo ficam sentados nos seus gabinetes, reclamando progressao nas carreiras de funcionalimso publico.

    Portanto, tirando este aspecto extremamente grave da utilizaçao pelos politicos tacanhos do fenomeno do regionalismo, a sua vertente de bairismo pode até ser saudavel. Saudavel, nos exemplos que Tchalé avança da Suiça, apesar de pensar que o nosso articulista vai depressa demais nos seus ataques.

    E’ compreensivel, porque como eu disse, Tchalé é pintor de quinta categoria e escrevinhador de uma poesia e uma prosa de oitava categoria, logo nao pode estar a meter-se em assuntos outros como a psicologia, antropologia e a sociologia para entender o povo crioulo. Todos têm a sua opiniao, mas opinioes nao fazem as pessoas serem especiAlistas. Mesmo quando estao coroados com a aura de artistas.

    Artistas temos poucos em CVerde; aqueles que estao sempre em bicos de pés, como Tchalé, sao mediocres, e sao avançados como referências, porque é o sistema que assim funciona. Mas essas figuras gigantescas da pintura de Tchalé, nao consequem penetrar o meu Eu artistico-emocional. Ja dei as minhas referências artisticas num post do blogue de César, pelo que nao vou perder o meu tempo com a pseudo-arte de Tchalé.

    Mas este fenomeno do bairrismo tem de ser analisado ponderadamente e na primeira linha pelos especialistas e pelos politicos responsaveis. O primeiro ministro nao é responsavel e com esse ar de humilde ele pode ser muito perigoso com as frases fulminantes e a sua politica regionalista de promoçao de Santiago na primeira linha Praia e Santa Catarina em detrimento de Soncente e outras ilhas.

    Esta questao tem de merecer tratamento profundo e rapido porque a partir das campanhas das proximas eleieçoes pode haver muita derrapagem, e vejo na primeira linha Zé Maria e Filu e seus capangas que sabem muito falar à emoçao do povo santiaguense; alias é por isso que dentro do seu partido sao esses dois rapazes que estao sempre disputando à liderança, tendo na sombra, um sampadjudo, mas do FOGO, Pedro Pires, que estica a corda até ao limite suportavel, para depois no fim recuperar a serenidade e a responsabilidade. Mas brincando com o fogo, a coisa pode um dia ser muito perigoso....

    Underdôglas

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  3. Japão do ocidente? Porquê? É a primeira vez que oiço falar disso.

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