quinta-feira, 14 de outubro de 2010

A estória do José e do Carlos

“Barriga está em primeiro lugar; Estudo está em primeiro lugar; Saco vazio não fica em pé; A Pessoa é o centro da Sociedade e do Direito; A dignidade da Pessoa humana deve estar, sempre, presente em todas as decisões dos governantes.”

Estas são algumas frases que devemos ter sempre em conta nas decisões que tomamos, na nossa vida pessoal, profissional e política. Se fosse Governante, nunca ignoraria tais afirmações. São sábias e devem ser valorizadas.

O Senhor José cometeu um grande erro, um grande pecado quando ignorou estas frases sábias proferidas por pessoas sábias.

O Senhor José, é líder de uma tribo com mais de 400 pessoas. José sucedeu o ex-líder Carlos. José encontrou a tribo farta, homens, mulheres, jovens, crianças, todos tinham o que comer, o que fazer. Todos viviam num clima de paz, de tranquilidade, de harmonia, de felicidade.

As crianças, os jovens, podiam estudar, tinham sonhos, tinham esperanças, acreditavam e lutavam por um futuro melhor. Nunca faltava um pão de cada dia, todas as famílias tinham comida à mesa, pois, para o ex-líder Carlos, a barriga está em primeiro lugar, os estudos estão em primeiro lugar. O Carlos preocupava-se com cada um dos membros da sua tribo.

Carlos tratava os membros da sua tribo com respeito, amizade e todos eram livres e iguais, tinham as mesmas oportunidades. Por causa das boas práticas do Carlos, José encontrou a tribo com muito prestígio, e, por causa disso, recebeu prémios, ajudas, dinheiro e todos pensaram que teriam uma vida, ainda, melhor, afinal tinham mais condições e mais apoios.

Infelizmente, não foi o que aconteceu. José fez estradas, melhorou alguns acessos, mas esqueceu do lar, da casa dos membros da sua tribo. Ajudou outras pessoas a ganharem dinheiro com suas obras, mas esqueceu daqueles que realmente são importantes. Só ajudou os mais próximos, acabou com o tratamento igual, acabou com a igualdade de oportunidades. A maioria dos jovens deixou de estudar, muitos ficaram sem fazer o que fazer. Os conflitos na tribo tornaram-se constantes, assaltos, brigas, acabou a tranquilidade.

Hoje os membros da tribo estão revoltados, descontentes e querem, novamente, ter o Carlos como líder. Perceberam que a barriga das pessoas está em primeiro lugar. Entenderam que os estudos estão em primeiro lugar. Já sabem que o líder deve governar para os membros da tribo e não para um conjunto de amigos ou de empresas.

O José tenta ainda iludir os membros da tribo, faz promessas, lança primeira pedra, fazer algumas obras, mas ninguém mais acredita no José. Todos estão conscientes que a situação na tribo tem de mudar.

Uma casa, uma aldeia, uma tribo, uma vila, uma cidade, um país, uma sociedade, são feitas por pessoas, por homens e mulheres. Antes de termos qualquer outra preocupação, devemos preocupar com o bem-estar destas pessoas. Só é bom líder, aquele que preocupa com as pessoas.
Tal como esta tribo, Cabo Verde, também, “mesti muda”. Precisamos governar para as pessoas.

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

“COPY / PASTE”

Já sabíamos que o Governo está esgotado, sem projectos, sem imaginação, sem ideias, sem originalidade. Mesmo assim contávamos que José Maria Neves se esforçasse um pouco mais, tentasse criar um slogan, alguma frase no seu estilo poético e eleitoralista.

JMN foi, ao longo de 10 anos, um homem de discursos, de promessas não cumpridas. O homem tinha a capacidade de inventar verdades, criar ilusões e recitar poesias. Tinha, pelo menos, estas capacidades. E convenhamos, para criar ilusões e fazer propaganda política é preciso alguma imaginação, dá algum trabalho. O homem fazia algum esforço no seu discurso.

Neste momento, o nosso Primeiro-ministro já não consegue pensar, imaginar, inventar, limita-se a copiar, ao copy paste. O Zemas, na abertura do ano político do PAICV, copiando os slogans do MpD : “Cabo Verde precisa de mudar” e “mesti muda”, usou como refrão no seu discurso, a frase: "Cabo Verde está a mudar e o PAICV é a força desta mudança".

Ouvindo o discurso do Primeiro-ministro dei uma grande gargalhada. Será que o homem também fez o curso seguindo a regra do “copy / paste”? Será que já não tem quem lhe escreva os discursos?

Em Cabo Verde, em todas as Universidades quem copia tem a prova anulada. Será que vamos anular os discursos do JMN ou vamos, simplesmente, chumbá-lo em 2011? A segunda opção já está garantida.

Um Primeiro-ministro que se auto-proclama “estrela”, ainda que “estrela cadente”, ou seja, estrela a cair, deve ter a preocupação de não decepcionar, de não envergonhar os cabo-verdianos. Sinceramente, copiar é muito feio.

Afinal, quem governou o país durante 10 anos, deve sair com alguma dignidade. Será uma pena se o JMN vier, no futuro, a ser recordado como o Primeiro-ministro do “copy / paste”.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

FALTA DE APOSTA NA EDUCAÇÃO

I. FALTA DE APOSTA NA EDUCAÇÃO

Quando escrevi sobre os sete pecados do Governo, elegi a falta de aposta na Educação como um dos sete pecados do Governo. De facto, este Governo ignorou, completamente, a educação. Esqueceu que devemos apostar nos nossos jovens, dar-lhes oportunidades de prosseguirem os estudos.

Carlos Veiga denunciou a falta de preocupação deste Governo com a Educação. Salientando que, em 10 anos não foi feito nenhuma reforma de fundo.

É realmente frustrante saber “que milhares de jovens estão fora do sistema por falta de recursos, sendo que quase metade dos desempregados têm o ensino secundário completo e mais de mil, formação superior”.
É gravíssimo saber que “pouco
dinheiro disponibilizado pelo Estado para bolsas escolares (menos de 1% dos gastos do Estado), bem como a desmotivação dos professores sem estímulos para a sua formação, sem valorização de mérito, com as carreiras bloqueadas e sujeitos a discriminação política”.

O Governo esqueceu dos cabo-verdianos. Não governou para as pessoas e nem sequer preocupou-se com os recursos humanos. Para José Maria Neves é suficiente saber que somos os melhores de África, isto é, os menos maus exemplos. Estes elogios ofuscaram a mente dos nossos governantes e esqueceram do essencial, esquecerem de cuidar, de preocupar com cada um dos cabo-verdianos. Resultado: menos bolsas de estudos, mais desemprego, e jovens à deriva.

II. MAIO ISOLADO E SEM DIREITO AO PÃO DE CADA DIA
Os maienses não têm direito a comer pão. O Governo privou os maienses de ter pão à mesa. Lembro que o meu sobrinho, comia dois pães ao pequeno-almoço. Pão com queijo de cabra de Maio, pão com manteiga ou simplesmente pão. Pão com café ou leite é sagrado no pequeno-almoço. Muitas famílias não dispensam o pão no pequeno-almoço e muitos adultos não dispensam o pão no jantar.

Como é possível um governo privar uma ilha de ter pão à mesa. Como é possível impedir que as crianças do Maio comam pão antes de ir para escola? Será que os maienses não fazem parte deste país? Será que não temos os mesmos direitos? O que foi que fizemos ao José Maria Neves?

Pior ainda é ver alguns maienses que, pensando unicamente nos interesses pessoais, nos seus “tachos”, traem os maienses para agradar o Primeiro-ministro em troca de um cargo, de uns projectos ou de mais uns tostões. Estes maienses não têm amor à ilha e não merecem o voto dos maienses. Estou certo de que serão castigados em 2011. Nenhum deputado para o PAICV será a forma como os maienses demonstrarão o total descontentamento.

III. O GOVERNO QUE CONFUNDE AJUSTE DIRECTO COM BOA GOVERNAÇÃO PEDE UM SEGUNDO MANDATO

O líder do PAICV, na abertura do ano político pediu mais um mandato à frente do Governo de Cabo Verde. Para JMN: "Cabo Verde está a mudar e o PAICV é a força desta mudança".

Vejamos o que significa mudar Cabo Verde para o Governo de José Maria Neves. Segundo o Jornal “Já”, entre 2005 e 2009, O Governo já adjudicou directamente, às empresas de construção portuguesas, obras que ultrapassam os 13 milhões de contos. O jornal refere 13 obras que foram adjudicadas por ajuste directo. 13 obras, 13 milhões de contos sem concurso, e em que as nossas empresas foram excluídas, em que os cabo-verdianos foram deixados de fora.


José Maria Neves pede um terceiro mandato, defende que temos boa governação e temos um país de infra-estruturas. É preciso referir também que este é um Governo de ajuste direito. Um Governo que não gosta de concurso, que não gosta de igualdade de oportunidades, que gosta de troca de favores entre camaradas, prejudicando, assim, os nossos empresários. Mais um dos pecados: o estrangulamento da nossa economia.

Estas práticas não se enquadram no conceito de boa governação, por isso, está claro que o PAICV não merece um terceiro mandato.

IV. SINAIS DE DESESPERO E MEDIDAS ELEITORALISTAS: CARTÃO JOVEM

A traição à juventude foi o primeiro dos pecados do Governo apresentados por mim. De facto, em quase 10 anos, o Governo não apresentou nenhuma política para a juventude. Fez aumentar o desemprego entre os mais jovens, esqueceu que os nossos jovens, também, têm direitos, são cabo-verdianos e merecem oportunidades.

Estando no fim do mandato, tendo consciência que nada fez, o Governo resolve apresentar o Cartão Jovem. Trata-se de uma manobra, mais uma propaganda de desespero visando a angariação de alguns votos.

Trata-se de mais um sinal de desorientação do Governo. Foram tantas as falhas deste Governo que não há milagre possível que o possa salvar de perder as eleições.

Porquê só agora o cartão jovem? Porquê só agora o Governo acordou e viu que temos uma sociedade de jovens? Os nossos jovens mereciam e merecem mais.

Tarde demais, o descontentamento é geral. Cabo Verde “mesti muda”.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

O ESTADO DA JUSTIÇA EM CABO VERDE

O Presidente do Supremo Tribunal de Justiça entregou à Assembleia Nacional o relatório sobre o estado de Justiça em Cabo Verde. Trata-se de mais uma oportunidade para discutirmos a situação da justiça em Cabo Verde. Contudo, os anos passam e a justiça contínua com os mesmos problemas, continua extremamente Os sucessivos relatórios identificam os problemas, apontam soluções, infelizmente, falta a quem de direito tomar medidas.

Por seu lado, os discursos dos Bastonários da Ordem dos Advogados apresentam os vários constrangimentos. A sociedade civil já consegue identificar quase todas as falhas de justiça. Qualquer cidadão, atento, consegue sugerir algumas medidas para o sector, critico, porém, importantíssimo da nossa sociedade.

Infelizmente, do Governo não temos uma sugestão, nenhuma medida. Não me parece que este Governo esteja preocupado com a justiça. Estou convicto de que a justiça precisa de uma profunda reforma. Os juízes, os procuradores, são vítimas como o cidadão comum. Pois, para além de não usufruírem de uma retribuição digna, são em número insuficiente.

Ter demorado tanto tempo para a instalação do Tribunal Constitucional, apesar dos sucessivos apelos dos juízes, dos advogados e da sociedade, constitui, um claro exemplo de que a justiça não foi uma prioridade na governação do PAICV.

A Justiça é um dos pilares de qualquer sociedade e constitui um desígnio e imperativo de qualquer Estado de Direito Democrático. Outrossim, o funcionamento da justiça é um dos requisitos de um país competitivo e que pretende atrair investimento externo.

Não se percebe como podemos falar da boa governação, de investimento externo e esquecer as reformas que a justiça exige. Isso não é governação, é desgovernação e precisamos mudar o estado da Justiça.

II. A LUTA PELA SOBREVIVÊNCIA FAZ NOVAS VITIMAS

“São Vicente acordou envolto num manto escuro da morte. Três vidas foram soterradas nas areias do Morro Branco, quando procuravam o pão para alimentarem as suas famílias”. In www.asemana.publ.cv

A pobreza, a miséria no nosso país faz com que cabo-verdianos, sem oportunidades, arrisquem as suas vidas. Lutam pelo pão de cada dia em constante perigo. Fogem a fiscalização e por vezes à legalidade, tudo para poderem sustentar os seus filhos.

Fala-se em falta de fiscalização. É verdade que o nosso país existe falta de fiscalização em quase todas as áreas. Mas o exemplo de São Vicente não é apenas um problema de fiscalização. A questão é bem mais séria, estamos a falar de pobreza, de falta de oportunidades. Estamos a falar de uma ilha que foi abandonada por este Governo e em que a pobreza aumenta a cada dia.

Precisamos criar mais empregos, mais oportunidades. Quem não tem opção, tem de lutar pela vida, fiscaliza-se aqui e ele procura um outro canto para procurar comida para os seus filhos. Continuará a correr perigo, pois sabe que, se não correr risco, morrerá de fome.

Está na hora de pensarmos nestas pessoas, de governar para os cabo-verdianos, de combater pobreza. Chega de discursos e ilusões, vamos governar para que mais cabo-verdianos não tenham uma morte tão estúpida. Este é o país real.

III. OS PRIMEIROS LICENCIADOS EM SERVIÇO SOCIAL PELO ISCJS

Com quatro anos de existência o Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais acaba de fornecer ao país os primeiros licenciados em Serviço Social nesta instituição.

Estar com estes finalistas fez-me regressar ao ano 2003 e recordar o dia em conclui a licenciatura em Direito. Momento único, momento que nos faz chorar, gritar, sorrir, uma mistura de sentimentos que não se consegue explicar, apenas sentir. Na verdade, os melhores momentos da vida não são possíveis de descrição, sentimos, vivemos apenas.

Desejo toda a sorte do mundo aos novos licenciados. Que Deus vos abençoe e que possam realizar os vossos sonhos.

É preciso ter a consciência que terminaram uma etapa e entraram noutra. O estudo, a pesquisa, o trabalho devem ser permanentes. O sucesso só se consegue com muito trabalho e muita dedicação.

Cabo Verde precisa de rigor e excelência. Espero que possam dar o vosso contributo para o desenvolvimento do nosso país. Podem, são capazes, têm de acreditar e continuar a trabalhar.

IV. NOVOS INSPECTORES NO MERCADO

Continuado com o sentimento de terminar uma etapa, não posso deixar de dar os meus parabéns aos trinta e um formandos que finalizaram o Curso de Estudo Superior Profissionalizante (CESP) em Inspecção Fito /Zoo Sanitária.

Foi com enorme prazer que leccionei neste curso e tive oportunidade de aprender muito. Conheci Jovens de diversas ilhas com esperanças num futuro Jovens com muita capacidade, que podem voar, conquistar novos horizontes. Infelizmente, o país não oferece muitas oportunidades aos nossos jovens.

A educação deveria ser sempre uma prioridade, alcançar o desiderato de excelência deveria ser uma preocupação diária do nosso Primeiro-ministro. Aguardamos por dias melhores no futuro.
V. O RIDICULARIDADE DE JMN

Já que falamos em educação, não posso de frisar aqui o momento de alucinação, de desespero do nosso Primeiro-ministro. Durante a cerimónia da abertura do ano lectivo no Liceu Amílcar Cabral na cidade de Assomada na semana passada, JMN afirmou, estranhamente, o seguinte: “Não tenham dúvidas, o jovem que sai do Liceu Amílcar Cabral, vai aos Estados Unidos tem mais e melhor preparação que os jovens que saiem do High School nos Estados Unidos da América”.

O homem considera que o país está perfeito, é tanta propaganda que chega a tornar-se ridículo. Mais uma prova de que o país tem de mudar. Assim, de boa governação corremos o risco de tornarmos “chacota” internacional. Temos de mudar, antes que os danos da desorientação de JMN se tornem irreversíveis.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

18 ANOS DA NOSSA CONSTITUIÇÃO

I. 18 ANOS DA NOSSA CONSTITUIÇÃO
A nossa Lei-Magna entrou em vigor no dia 25 de Setembro de 1992. Este dia marca o início de uma nova era e de um novo Cabo Verde. Ficava, assim, para trás, os traços característicos do regime do partido único e entrávamos para a lista dos Estados de Direito Democrático.

25 de Setembro de 1992, constitui, sem dúvida, um marco importante na nossa história. A nossa Constituição sofreu, recentemente, uma nova revisão, trazendo ganhos significativos no sector da justiça, nomeadamente com a criação do Tribunal Judicial da Segunda Instância e a determinação de que acesso ao cargo de juiz do Supremo Tribunal de Justiça só é possível mediante concurso público.

Contudo, é preciso instalar o Tribunal Constitucional, o Provedor de Justiça e o Tribunal Judicial da Segunda Instância. Não basta o texto da Constituição.

A propósito dos 18 da Constituição, convém recordar que uma Constituição moderna, consagrando o respeito pela dignidade da pessoa humana, um Estado de Direito Democrático e a consagração de um catálogo de Direitos, Liberdades e Garantias, é condição sine qua non para que possamos ser respeitados neste mundo global e ser merecedores do reconhecimento internacional.

No processo de aprovação da nossa Constituição, convém relembrar que os deputados do PAICV abandonaram a sala, ou seja, viraram costas à nossa lei mãe. Um acto que marca, pela negativa, o processo da aprovação da nossa Constituição e revela que o PAICV não estava, ainda, preparado para conviver com um Estado de Direito Democrático.


II. FESTA DA MUNDANÇA: CABO VERDE “MESTI MUDA”

18 anos da Constituição também foi comemorado pelo MpD com a festa da mudança. Um comício festa na Gamboa. Uma grande festa que juntou mais de 70 mil pessoas que ouviram, atentamente, o Dr. Calos Veiga.

Veiga fez um discurso que transmitiu confiança aos presentes. Confiança em dias melhores, confiança que em 2011 os cabo-verdianos viverão melhor, com mais dignidade, com mais emprego, com segurança, com mais oportunidades para jovens.

Veiga mostrou-se preocupado com as pessoas, com os cabo-verdianos, com o nosso bem-estar. Demonstrou-nos, provou-nos que Cabo Verde “mesti muda”.

Precisamos mudar e sair desta estagnação, sair deste sofrimento, sair do poço a que fomos empurrados pelo Governo do PAICV. Cabo Verde “mesti muda”.

Tanta insegurança, tanto desemprego, jovens desorientados e sem oportunidades. Não é este Cabo Verde que merecemos e sonhamos. Cabo Verde, de facto, tem de mudar.

II. FIGURA DA SEMANA

Esta semana, elegemos como figuras da Semana, todos aqueles que fizerem parte do processo da aprovação da nossa Constituição. À todos um muito obrigado por este legado histórico.

Cabe-nos zelar pelo cumprimento da Constituição e adapta-la às novas exigências e aos novos tempos.

Outrossim, é necessário um trabalho de divulgação da nossa história, da nossa Constituição nas escolas, nas universidades, nas nossas casas e nas nossas conversas com os amigos.

A leitura do Livro: “As Constituições de Cabo Verde e Texto Históricos de Direito Constitucional Cabo-Verdiano” do Dr. Mário Silva é, vivamente, aconselhada.

IV. TRAIÇÃO DA SEMANA

A demolição da casa do Dr. Adriano Duarte Silva em São Vicente e postura totalitária e anti-democrática do Governo mancha os 18 anos da Constituição. O Governo ignorou a voz da sociedade civil, uma voz importante na consolidação da democracia.

O “MOVIMENTO PARA A SALVAGUARDA DO PATRIMÓNIO URBANÍSTICO”, deu-nos uma lição de democracia e de defesa dos interesses do país e da ilha de São Vicente. Preservar a casa do Dr. Adriano Duarte Silva é um direito e um dever da população de São Vicente. Não se percebe esta atitude da Governo, não se percebe esta apunhalada na população de São Vicente e na nossa Constituição.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A desmotivação de Neves

No dia 10 de Fevereiro de 2010, José Maria Neves entrou no mundo dos blogs (www.josemarianeves.blogspot.com). O blog criou expectativas entre os que navegam neste mundo. Não podia ser diferente, trata-se do blog do Primeiro-ministro de Cabo Verde. Prova disso é o registo imediato de 70 seguidores.

Porém, infelizmente, foi uma expectativa frustrada. Desde então, o nosso Primeiro-ministro apenas publicou 3 notas (nos dias 10, 15 e 18 de Fevereiro).

Passaram 7 meses e nada mais foi publicado no blog do JMN. O Primeiro-ministro justificou a criação deste espaço com a “necessidade comunicacional a vários níveis, na premissa que a essência das relações humanas se deva basear no conhecimento e na circulação de pensamentos e das ideias”.

Sendo assim, muitos estranham esta ausência de JMN. Será que não sente mais necessidade de comunicar ou não tem mais ideias? Será que o nosso Primeiro-ministro está desmotivado e não consegue escrever um post? Onde foram as ideias?

Pessoalmente, acho natural esta ausência e esta falta de ideias. Afinal foram 10 anos de governação, 2 mandatos, o cansaço é natural e o nosso Primeiro-ministro também é humano.

O que não é normal é o facto de o homem ter consciência que está desmotivado e sem ideias e mesmo assim insistir em ser, novamente, candidato a Primeiro-ministro. Oh! homem vá descansar, não cause mais danos ao país que somos capazes de lhe perdoar as asneiradas feitas ao longo destes 10 anos.

Mas se insistir nesta palhaçada vai perder feio e sairá pela porta dos fundos. MpD ganhará as eleições com maioria qualificada. Alguém quer apostar? Estou certo de que JMN não entraria nesta aposta, pois sabe que tenho razão.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A Desorientação do PAICV

I. PAICV desorientado com a visita do Veiga à ilha do Maio

A semana passada semana ficou marcada pela visita do Veiga à Ilha do Maio. Durante três dias Veiga transmitiu esperanças à população maiense. Ninguém duvida de que, Maio foi abandonado durante 10 anos por este Governo. Nenhum investimento foi feito na Ilha e a ligação marítima é um problema para a população e para os comerciantes.

A presença do Veiga no Maio revelou que ainda podemos ter esperanças em dias melhores. Revelou que Maio está com MpD e que, desta vez, PAICV não conseguirá eleger nenhum deputado. Chegou a hora dos maienses castigarem o PAICV por 10 anos de sofrimento.

Claro que a visita do Veiga deixou a Comissão Politica regional da PAICV no Maio desesperado. O desespero foi tanto que, Fernando Frederico veio em defesa do PAICV e insultando, uma vez mais, o Presidente da Câmara do Maio.

II. Unidade Incineradora da Praia: Mais um exemplo de Boa Governação do PAICV

O caso da Unidade Incineradora da Praia é mais um exemplo da boa governação do PAICV. Tratou-se de um negócio sem transparência e claramente lesivo dos interesses dos praienses. De resto, este Governo nunca gostou de concursos e de estudos.

O José Maria Neves tem razões que o país desconhece. Este caso revela que o Governo toma decisões sem pensar, sem estudar. Estas atitudes podem trazer graves prejuízos ao país.

Não se percebe o porquê do Governo ter assinado três acordos com três entidades e no fim resolve extinguir Unidade Incineradora da Praia. Não seria necessário chegar a este ponto se o governo tivesse ouvido as preocupações do MpD. Mais um sinal de que não podemos confiar neste Governo.

III. FIGURA DA SEMANA

O INSTITUTO SUPERIOR DE CIÊNCIAS JURÍDICAS E SOCIAIS é a figura da semana. O Instituto realiza, na Praia, dia 24 deste mês, um colóquio para assinalar os 18 anos da Constituição da República. O colóquio será subordinado ao tema “18 ANOS DE ESTADO CONSTITUCIONAL, DE DIREITO E DEMOCRÁTICO”.

Trata-se de mais uma grande iniciativa desta instituição que tem dado um grande contributo no ensino superior em Cabo Verde. Meus parabéns pela iniciativa.

De realçar também que o Instituto abrirá as portas este ano com mais três cursos (Relações Internacionais; Ciência Política e Administração e Economia).

IV. DELÍRIO DA SEMANA

Fernando Frederico, dirigente da Comissão Politica regional da PAICV no Maio, acusa os dirigentes do MpD na ilha de estar com “dores e cotovelo” e de estarem a enganar e manipular a população com “ ladainhas enganosas” sobre a intervenção do governo na ilha. Segundo este dirigente, p PAICV tem feito um óptimo trabalho no Maio e a Câmara Municipal do Maio não tem feito nada.

A visita do Veiga à Ilha do Maio, deixou a Comissão Política Regional do PAICV no Maio desorientada, com delírios e ilusões.

Onde estão os trabalhos feitos na Ilha do Maio pelo PAICV? Só se estiverem escondidos em casa de algum dos seus dirigentes.

PAICV no Maio habituou-nos a mentira, a insultos, a desonestidade e a perseguição. Não se vislumbra, nem no fundo do túnel, nem uma luz sobre o trabalho do PAICV do Maio.

Onde está o centro de saúde que o Governo?
Onde está o Liceu feito pelo Governo?
Onde estão as obras feitas no Porto do Maio?
Onde estão os barcos que ligam a Ilha do Maio às demais ilhas de Cabo Verde?
Defender o Governo na Ilha do Maio é ser advogado do diabo, é trair todos os maienses. É não merecer o respeito dos maienses.

Pior cego é aquele que não quer ver. Mais grave ainda é o cego que delira e vê o que não existe.
Os dirigentes do PAICV apenas estão preocupados com os seus interesses e bem-estar. Nunca preocuparam com os interesses dos maienses. São fiéis ao Governo e traidores da Ilha. A população do Maio está atenta e vai mostrar o seu descontentamento em 2011.

Acho que não devemos levar Frederico a sério. Trata-se de mais um delírio, do delírio da semana.
V. SINAIS DE MAUS TEMPOS

Esta semana tivemos mais um claro sinal de maus tempos. Um sinal que já se tornou habitual na capital do país que já conta mais 18 cidades. A Electra deixa-nos sem esperança e sem sinais de tempos melhores. É sinal de que, ao contrário do slogan “Novos Tempos, Novas Respostas” ou “Nação Vencedor”, continuamos com claros sinais de maus tempos sem solução a vista. Será que não existe nenhum decreto para resolver o problema da Electra?

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

ANÁLISE DE IMPRENSA

A partir hoje e enquanto tiver saúde e leitores assíduos vou, todas as segundas, fazer uma análise dos principais acontecimentos da semana.

Nestas minhas notas, apresentarei os destaques da Semana, a Figura da Semana e outros pontos de interesse.

I. A PREOCUPAÇÃO DE ULISSES E A TRAIÇÃO DO GOVERNO

Em conferência de imprensa Vladmir defende com unhas e dentes o Governo de José Maria Neves em vez de defender os praienses.

Será que este deputado municipal não sabe que foi eleito pelos praienses para defender os interesses dos munícipes?

Numa atitude de traição à capital do país, Vladmir reagiu às declarações do Presidente da Câmara Municipal da Praia que, considerando que, mais de 4.000 famílias, nos diversos bairros da Praia, estão na eminência de assistirem ao desabamento das suas casa, na sua grande maioria são casas com tectos prestes a cair e que colocam várias famílias em risco eminente de perda de vida, exigiu do Governo uma Declaração de Emergência sobre a grave situação em que milhares de famílias vivem na cidade da Praia.

No entender de Ulisses Correia e Silva, “são necessários mais de um milhão e duzentos mil contos, cerca de 10 milhões de euros, para realizar as intervenções em mais de 4.000 casas que se encontram em eminência de ruir. Isto sem levar em conta os investimentos necessários para a protecção das encostas, das ribeiras, a drenagem das águas pluviais e acessibilidades. Tudo somado, a Praia precisa para fazer face de forma estrutural a situações de emergência, de mais de 3 milhões de contos, cerca de 30 milhões de euros”.

Infelizmente, Vladmir, em vez de exigir o mesmo do Governo, resolve, numa atitude do advogado do diabo, defender o Governo, ignorando os problemas da capital. A que ponto chegamos! Eleitos municipais como advogados do Governo contra os interesses dos praienses. É o fim da linha e um sinal claro do desespero do PAICV.

A traição ficou completa com o Ministro Lívio Lopes a ignorar o pedido do Presidente da Câmara Municipal da Praia. As chuvas continuam e Cabo Verde precisa de chuva. Não podemos viver sem chuva. Temos é de resolver o problema dos praienses, se não é possível com este Governo, temos de mudar de Governo.

Não podemos continuar assim. Cabo Verde tem de mudar. Não podemos continuar com este conluio entre o Governo e os eleitos municipais do PAICV, visando fins eleitoralistas, prejudicando, claramente, os interesses dos munícipes e dos cabo-verdianos, de uma forma geral.

I. A SONDAGEM DO PAICV REVELA QUE OS CABO-VERDIANOS QUEREM MUDANÇA

De acordo com o jornal “A Semana”, a afrosondagem realizou nos dias 4 e 5 deste mês uma sondagem que demonstra que 67% dos eleitores estão descontentes com o Governo e não pretendem votar no PAICV em 2011.

De acordo com o jornal “A Semana”: “se as eleições legislativas fossem nos dias 4 e 5 deste mês, sábado e domingo, 33% dos eleitores votariam no PAICV e 28% no MpD. A UCID teria 3,3%. No entanto, a proporção de eleitores que não votariam em nenhum desses partidos seria de 13% e a indecisos 22%, ou seja, cerca de 1/3 do eleitorado ainda está por conquistar”.

Ora, esta sondagem demonstra claramente que o PAICV perderá as eleições. Após uma década de governação, o PAICV não conseguiu convencer 67% dos eleitores. Todos sabemos que este Governo espalha terror e os descontentes têm receio de represálias. Por isso, muitos dos eleitores não confessam, nem as paredes, que votarão no MpD.

O descontentamento, tal como nos anos 90, é geral, porém, muitos ainda (22%) não manifestam este descontentamento e esperam pela hora da verdade, pelo dia das eleições.

A diferença de intenção de votos, já assumida, é de 5% entre o PAICV e o MpD. Porém, a percentagem de indecisos é de 22%. Isto é, muito superior a diferença entre os dois maiores partidos.

Se após uma década de Governação, o PAICV ainda não conseguiu convencer estes indecisos, pode ter certeza que já não vai a tempo. Pelo que, estou seguro que a maioria destes indecisos, votará no MpD de forma a dar vitória aos ventoinhas.
Com estas sondagens, encomendadas pelo PAICV, a vitória do MpD está assegurada. É preciso ter em atenção que o PAICV esteve durante uma década em campanhas, com propagandas e ilusões. Teve todo o tempo e dinheiro para convencer os eleitores.

Com tantos problemas e dificuldades, não há propaganda possível que consiga tapar o sol com a peneira. Que venham mais sondagens destas. São sinais claros da vitória do MPD.

II. FIGURA DA SEMANA

Ilha do Maio, a minha querida ilha, é a Figura da Semana. Maio, comemorou mais um 8 de Setembro, mais um aniversário do Município do Maio. É sem dúvida uma festa inesquecível.

Maio continua a ser uma ilha acolhedora e amiga dos seus visitantes. Continuamos a lamentar o esquecimento do Governo, mas estamos a viver e festejar mesmo assim, com esperanças no futuro.

III. DESILUSÃO DA SEMANA

“Provas de acesso à Uni-Cv põem a nu deficiências a Matemática e Línguas”

Esta é uma notícia, publicada, no jornal “A Semana” que revela que precisamos rever o ensino de línguas e matemática no nosso país. Segundo, o referido jornal, são raros os alunos que conseguem ter notas superiores a 12 valores.

A educação deve ser uma prioridade, só podemos evoluir com excelência e qualidade. Temos de encontrar as falhas e as soluções. Não podemos é continuar assim.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A Traição do Menino Vladmir

Em conferência de imprensa Vladmir defende com unhas e dentes o Governo de José Maria Neves em vez de defender os praienses.

Será que este deputado municipal não sabe que foi eleito pelos praienses para defender os interesses dos munícipes?

Numa atitude de traição à capital do país, Vladmir reagiu às declarações do Presidente da Câmara Municipal da Praia que, considerando que, mais de 4.000 famílias, nos diversos bairros da Praia, estão na eminência de assistirem ao desabamento das suas casa, na sua grande maioria são casas com tectos prestes a cair e que colocam várias famílias em risco eminente de perda de vida, exigiu do Governo uma Declaração de Emergência sobre a grave situação em que milhares de famílias vivem na cidade da Praia.

No entender de Ulisses Correia e Silva, são necessários mais de um milhão e duzentos mil contos, cerca de 10 milhões de euros, para realizar as intervenções em mais de 4.000 casas que se encontram em eminência de ruir. Isto sem levar em conta os investimentos necessários para a protecção das encostas, das ribeiras, a drenagem das águas pluviais e acessibilidades. Tudo somado, a Praia precisa para fazer face de forma estrutural a situações de emergência, de mais de 3 milhões de contos, cerca de 30 milhões de euros.

Infelizmente, Vladmir, em vez de exigir o mesmo do Governo, resolve, numa atitude do advogado do diabo, defender o Governo, ignorando os problemas da capital. A que ponto chegamos! Eleitos municipais como advogados do Governo contra os interesses dos praienses. É o fim da linha e um sinal claro do desespero do PAICV.

Não podemos continuar assim. Cabo Verde tem de mudar. Não podemos continuar com este conluio entre o Governo e os eleitos municipais do PAICV, visando fins eleitoralistas, prejudicando, claramente, os interesses dos munícipes e dos cabo-verdianos, de uma forma geral.

Mais, é preciso descaramento e muita submissão às ordens do Neves, para trair os praienses e defender o Governo.

O PECADO DA MINISTRA DA JUVENTUDE NA IGREJA DO MAIO

A Ministra da Juventude, Janira Hopffer Almada, esteve, recentemente, de visita à Ilha do Maio, aproveitando um lugar de culto, como é a Igreja matriz, Paróquia de Nossa Senhora da Luz, para fazer, logo após a celebração da missa dominical, uma operação de puro show-off político. Tratou-se de um ridículo show, já que a nossa actriz, representou um péssimo papel. De resto, o PAICV, após ter esquecido a nossa ilha, fica sempre mal na fotografia nas raras vezes em que um dirigente do PAICV se desloca à Ilha do Porto Inglês.

Este Governo tem cometido muitos pecados, mormente com a ilha do Maio. Mas desta vez a nossa ministra superou. Foi cometer pecados e mentir numa igreja. Subiu ao altar para fazer propaganda política e mentir, sem pudor, à frente de todos os santos e perante os fiéis aí presentes, numa linguagem puramente oportunista e eleitoralista, disse que o Governo vai resolver de vez o problema de transporte marítimo na ilha, com a chegada da Fast Ferry. Que pecado! A ministra bem sabe que é impossível fazer a ligação para o Maio com a Fast Ferry sem a rampa no porto, que o seu governo teima em não colocar.

A verdade é que:
a) Nos últimos dez anos não foi feito nenhum investimento no porto do Maio;
b) Os únicos barcos que estão a operar para o Maio são navios adquiridos na década de 90 na governação do MPD;
c) Há dez anos que Maio espera de uma grua de 50 toneladas para movimentação de contentores porque é do conhecimento do Governo que os barcos de longo curso operam com facilidade neste porto;
d) Há cinco anos que Maio espera pelo estudo do Plano Director Portuário;
e) Maio continua à espera de um liceu e de um centro de saúde.

A verdade é que a Ilha do Maio foi esquecida e ignorada durante a governação do PAICV. Nenhum show, nenhuma representação impedirá o PAICV de perder os dois deputados no Maio. Estamos próximos da hora da verdade.

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

CABO VERDE TEM DE MUDAR

Muito bom dia senhores jornalistas .

Agradeço a vossa presença.

A própria polícia Nacional definiu o Estado da Nação: o crime aumentou exponencialmente o que demonstra o falhanço completo da política do Governo de José Maria Neves para a segurança dos cidadãos e reflecte o crescente desemprego e a miséria das populações.

Ocorreram mais de cinco mil crimes contra pessoas no nosso pequeno país, durante o primeiro semestre de 2010, dos quais quase 2 mil ocorreram na capital do país. Cerca de 30 crimes dia. Estes dados foram anunciados pela Polícia Nacional no dia 19 passado.

A Polícia Nacional disse também que houve um aumento, tanto na pequena como na grande criminalidade.

Em apenas um semestre foram registados 17 homicídios. Nove aconteceram na Cidade da Praia. Quase 3 assassinatos por mês.

Houve ainda 453 crimes de maus-tratos a mulheres.

Houve 40 casos de abuso sexual a menores e 54 de maus-tratos.

Estes são dados reais que mancham a imagem de Cabo Verde.

São dados que nos leva a concluir: vivemos num país cada vez mais inseguro. E contra factos não existem argumentos possíveis.

Enquanto isso, o Governo dorme e tenta distrair-nos com propaganda enganosa e com slogans bonitos do tipo Cabo Verde está na moda.

Mas a verdade é que na última década, durante a governação do PAICV, há um aumento significativo da criminalidade no nosso país. Foi a década do surgimento de ocorrências criminais antes desconhecidas como os Tughs e Cassu Body.

Porquê este aumento da criminalidade? Porque o Governo andou 10 anos a fazer discursos e poesias?

O que sentimos é que o Governo abandonou-nos à nossa sorte.
Em 10 anos de governação do PAICV, Cabo Verde perdeu muito. Infelizmente, também perdemos a nossa segurança, a nossa morabeza. Governar não é fazer discursos e poesias. Os dados revelam que o país real não é a utopia de José Maria Neves.

Como em tudo, o Governo promete uma coisa e faz outra.
CABO VERDE PRECISA DE MUDAR!

A criminalidade é um fenómeno associado a outros factores sociais e económicos. Não é por acaso que esta década de insegurança coincidiu com uma década de mais desemprego, de falta de educação, de saúde, de desespero dos jovens e de falta constante de energia.

Mas também foi a década em que a PN foi maltratada, ignorada e injuriada pelo Governo. Na ausência de uma estratégia adequada, o Governo unificou a Polícia Nacional. Uma medida de desespero que falhou à todos os níveis, prova disso é que nem conseguiu aprovar o tão esperado e proclamado Estatuto da PN.

Persiste uma carência permanente em meios humanos. Pouco se investe na qualificação. O sistema de avaliação de desempenho, bem como as progressões e promoções nas carreiras do pessoal policial, são deficientes. As chefias estão fortemente partidarizadas. O mérito não é tido em conta. O policiamento de proximidade só se vê no discurso.

CABO VERDE PRECISA DE MUDAR. E O MPD PROPÕE:

- Uma Policia orientada para a solução de problemas que afligem a segurança de pessoas e bens, em estrita sintonia com a comunidade. Uma polícia de base comunitária.

- Que o comando seja conseguido por mérito e não por afinidades partidárias.

- Criar na Cidade da Praia uma Esquadra especializada em violência baseada no género e violência contra menores.

- Um estudo sério sobre a fusão da Polícia de Ordem Pública, Guarda Fiscal, Polícia Marítima e Polícia Florestal em Polícia Nacional. E aprovar os instrumentos legais necessários, nomeadamente os seus Estatutos e acabar com este sufoco da polícia nacional.

- O MpD propõe ainda, implementar uma Academia de Formação Superior da Polícia.

- Reestruturar o Serviço de Apoio Social da PN.

- Implementar um sistema de videovigilância em determinados espaços físicos.

- Desenvolver programas educativos de prevenção do crime.

PRECISAMOS DE MAIS E MELHOR SEGURANÇA. É PRECISO GOVERNAR PARA AS PESSOAS.

CABO VERDE PRECISA DE MUDAR
Muito obrigado pela vossa presença.
João Dono
Membro do CJ do MpD

terça-feira, 20 de julho de 2010

ADEUS LICA

A vida tem destas coisas, diariamente somos surpreendidos. Contudo, por vezes acordamos com dolorosas surpresas, é o caso da morte do nosso amigo Lica.
Os nossos pêsames à família.

Até sempre Lica, que a terra lhe seja leve.

sábado, 10 de julho de 2010

Louca paixão

Supliquei a ajuda divina,
Para fugir desta rotina,
Encontrei-te na esquina
Mais longínqua da vida.
Alcançar-te foi uma dura lida.


Os dias e noites que te procurei,
As estradas que percorri
Em busca de um sinal
Que me mostrasse que não estava louco afinal.

Ao te encontrar
E por demais te amar
Me chamam de louco.
Reconheço! Nunca conheci ser tão louco.

Não sou um normal imortal,
Sou um eterno apaixonado.
Não és apenas uma loucura carnal.
És meu perfeito mundo.

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Imortais apaixonados

Mesmo que me faltem forças para escrever
E não tendo dom para poeta ser
Agarro-me nos teus encantos
E traduzo a tua beleza em palavras
Faço dos meus versos
Um jogo de silabas
Um jogo de amor
Somos assim, dois seres, unidos pelo amor
Duas almas, dois corpos, um coração
Escrevemos na nossa história
Compomos a nossa canção
Somos eternos
Somos imortais
Somos na vida os tais,
Que sonham e vivem para amar

terça-feira, 6 de julho de 2010

Solidão

É prender o coração
Fiel a quem te prendeu
É andar sem direcção
Como quem perdeu

É ficar preso
Para não ser atingido
É ser atingido
E querer esquecer o peso

É sonhar
Para jamais acordar
É querer acordar
E ter medo de se matar

É um descanso
Entregue a um cansaço
Como um sonho belo
Que transforma num pesadelo

É morrer
E continuar vivo
É sofrer
Num fogo vivo

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Parabéns a todos os Cabo-verdianos

O nosso país completou 35 anos de Idade. 35 anos de luta, de esforço e de dedicação de todos os cabo-verdianos.

Neste dia, recordamos Amílcar Cabral e todos aqueles que lutaram pela nossa independência. Igualmente, e porque 5 de Julho foi um ponto de partida e não de chegada, agradecemos todos aqueles que ao longo destes 35 anos têm lutado e contribuído para o desenvolvimento do nosso país.

Ao longo destes anos, muitos foram os ganhos conquistados pelo nosso país. O maior deles, foi a liberdade e a democracia alcançada a 13 de Janeiro de 1991. Hoje, somos um país, independente, livre e democrático. Hoje, somos um país de rendimento médio com portas abertas no e para o mundo. Fazemos parte desta aldeia global e vamos, dia-a-dia, conquistando o nosso lugar, o nosso espaço.

Volvidos 35 anos, os cabo-verdianos estão mais exigentes, mais sábios, mais atentos ao que se passa no país e no mundo. Hoje, não nos contentamos com pouco, exigimos mais e melhor dos nossos políticos. Exigimos uma terceira fase. Queremos uma nova caminhada, queremos entrar na lista dos países desenvolvidos. Por isso, só aceitamos e só votamos naqueles que são capazes de atingir este desiderato.

Após a independência e a democracia é a altura do desenvolvimento. Esta é a missão da nova geração. Temos de continuar a caminhada que Cabral iniciou, rumo ao desenvolvimento.

Tal como a independência e a democracia, esta terceira etapa exige sacrifício, trabalho, dedicação e entrega total. Somos capazes, temos os alicerces para isso. É a hora de iniciar a nova etapa, é a hora de primar pelo rigor, pelo trabalho e pela excelência. É hora de escolher os melhores, ignorando, assim, as cores partidárias, os laços de amizade ou de sangue. O único critério deve ser a excelência.

Assim, poderemos comemorar 40 anos de independência ou meio século de independência num novo patamar de desenvolvimento e poderemos oferecer às gerações vindouras um novo legado. Um legado de desenvolvimento e de prosperidade. Vamos lutar e trabalhar para isso. Esta é a nossa hora, esta é a nossa luta!

terça-feira, 22 de junho de 2010

NOTA DE IMPRENSA

João Dono, advogado do Escritório JOÃO DONO ADVOGADOS e Professor no Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais, acaba de publicar dois livros jurídicos intitulados: Teoria Geral do Direito Civil II – Negócios Jurídicos e Introdução ao Direito.

Volvidos três anos a ensinar Teoria Geral do Direito Civil e Introdução do Direito no Instituto Superior de Ciências Jurídicas, João Dono, um jovem docente que também já leccionou Direito Comercial, Direito das Empresas, Direitos Reais, Direito Fiscal e Teoria do Estado e da Constituição na Universidade Jean Piaget e Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Empresarias, decidiu disponibilizar aos seus alunos, dois manuais das disciplinas que lecciona.

Os Livros serão apresentados ao público no próximo dia 25 de Junho, sexta-feira, pelas 18:30h, no Hotel Praia Mar.

Os Livros serão apresentados pelo Procurador-geral da República, Dr. Júlio Martins e pelo Dr. Paulo Monteiro Jr., Professor Assistente Graduado do Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais.

CONVITE

JOÃO DONO tem a honra de convidar V. Exa, para o lançamento dos livros: “Teoria Geral do Direito Civil II – Negócio Jurídico” e “Introdução do Direito”, que terá lugar no próximo dia 25 de Junho, Sexta-feira, pelas 18.30 horas, no Hotel Praia Mar.

Os Livros serão apresentados pelo Procurador-geral da República, Dr. Júlio Martins e pelo Dr. Paulo Monteiro Jr., Professor Assistente Graduado no Instituto Superior de Ciências Jurídicas e Sociais.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Bom dia

Hoje acordei, recordando o tempo, ouvindo Pedro Abrunhosa com a música “Beijo”.
Um lindo poema que vale a pena partilhar com os meus leitores.

Não posso deixar que te leve
O castigo da ausência,
Vou ficar a esperar
E vais ver-me lutar
Para que esse mar não nos vença.
Não posso pensar que esta noite
Adormeço sozinho,
Vou ficar a escrever,
E talvez vá vencer
O teu longo caminho.

Quero que saibas
Que sem ti não há lua,
Nem as árvores crescem,
Ou as mãos amanhecem
Entre as sombras da rua.

Leva os meus braços,
Esconde-te em mim,
Que a dor do silêncio X 2
Contigo eu venço
Num beijo assim.

Não posso deixar de sentir-te
Na memória das mãos,
Vou ficar a despir-te,
E talvez ouça rir-te
Nas paredes, no chão.
Não posso mentir que as lágrimas
São saudades do beijo,
Vou ficar mais despido
Que um corpo vencido,
Perdido em desejo.

Quero que saibas
Que sem ti não há lua,
Nem as árvores crescem,
Ou as mãos amanhecem
Entre as sombras da rua.

terça-feira, 27 de abril de 2010

ZAU, A “RAINHA”, EM GRANDE…

Sempre defendi e admirei a Zau. As sondagens publicadas no Liberal, nos últimos dias, confirmam que o desempenho da Super Zau é positiva e que a mesma renovaria o seu mandato se as eleições fossem em Dezembro.

Que ela é a “Rainha” entre os autarcas, não é novidade para ninguém. Seja como for, mais uma vez se confirma o poder, a simpatia, a empatia, o carisma e o trabalho da Zau. Não vale a pena ficar com dores de cotovelo!

segunda-feira, 26 de abril de 2010

EM DEFESA DA POLÍCIA NACIONAL

Ser Policia é optar por um trabalho duro e arriscado. Devem estar operacionais 7 dias por semana, 24h por dia. A polícia é uma espécie de mistura de todas as profissões, um faz tudo, que de uma forma ingrata, muitos consideram que não faz nada. Da polícia espera-se confiança e segurança.

O papel da polícia é complexa e normalmente ficam conhecidos quando fazem um mau trabalho. Raras vezes, recordamos dos seus méritos. Polícia é, na maioria das vezes, o mau da fita. Aquele que a sociedade condena, que o Governo maltrata.

Muitas vezes, esquecemos que a polícia está integrada dentro de um sistema judicial com muitos actores. Policia faz parte do sistema, tem o seu papel, porém, não tem poderes para fazer tudo e não pode fazer milagres. Infelizmente, como em quase tudo na vida, a corda arrebenta pelo lado mais fraco.

Polícia é uma das mais antigas instituições do Estado, vem do grego politéia (constituição) que surge juntamente com a Cidade-Estado grega entre os séculos VIII e VII a.C15. Este termo remete, por um lado, à ideia de uma instituição específica, a pólis, e, por outro lado, à noção de uma acção que visa manter a unidade dentro da pólis, o Governo. Como forma de estabelecer esta unidade, houve a necessidade de se criar um conjunto de leis e de se ter agentes específicos para garantir o cumprimento das normas. Com isso, já nesse período, observou-se a distinção entre autoridades administrativas que editam as leis, governantes e legisladores, e as que fiscalizam o cumprimento.

A Policia significou, basicamente, tanto na Idade Clássica como na Idade Média, instituições direccionadas para o funcionamento e para a conservação da pólis. A partir do século XIX, a polícia adquiriu um significado mais restrito, passando a direccionar suas actividades para proteger a comunidade dos perigos internos relacionados com a desordem pública, entendida como aquelas manifestações contrárias ao “status quo” político-económico, e com a insegurança pública, entendida como aquelas acções ameaçadoras da integridade física e da propriedade por parte de eventos naturais e inimigos sociais.
O risco desta antiga profissão é cada vez maior. A violência invade o nosso país e as pessoas vivem assustadas, com medo e inseguras. A sensação de impunidade tornou-se uma realidade e o Estado deixou de cumprir as suas funções constitucionais.

A Sociedade, o Estado e a Polícia devem, sempre, estar juntos na busca na paz e da segurança. Só esta união nos permite combater, com eficiência, a violência.

Nos dias de hoje, vivemos com medo de tudo. Medo dos acidentes de trânsito, do terrorismo, das doenças invisíveis, medo da comida e até mesmo medo do sexo. É triste reparar que nem o sexo é mais seguro, o que torna a vida stressante e chata. Deixem-nos pelo menos ter a oportunidade de andar em paz, em segurança nas ruas.

Por tudo isso, é fundamental discutir a questão da segurança com mais rigor e seriedade, com base em pesquisas, argumentos e, envolvendo a Policia, a Sociedade e o Governo.

Vários factores são, normalmente, apontados como causa da criminalidade. Aqui e ali, costumam-se referir, entre outras, as seguintes:

1. Factores socio-económicos (pobreza, agravamento das desigualdades, a tal história do pobre cada vez mais pobre e do rico cada vez mais rico);
2. Crime da instituição familiar e decrescente poder da Igreja;
3. Abando escolar e falta de oportunidades;
4. Politica criminal desadequada à realidade;
5. Inércia do Estado e desmotivação da polícia por falta de meios e condições.

O Governo ainda não se debruçou sobre estas questões, não procurou as causas. Ignora a Polícia e nem sequer lhes aprova os Estatutos. Pior, em vez de pensar na segurança com seriedade, prefere marcar um encontro com os “Thugs”. As vítimas e todos aqueles que, diariamente, combatem a criminalidade foram esquecidos. Grande injustiça e grande inversão da ordem dos valores dos cabo-verdianos.

Pena porque a segurança é um dos fins do Estado, constitucionalmente consagrado.

domingo, 21 de março de 2010

O candidato presidencial: o peso da militância

Segundo Carlos Veiga, é ainda prematuro escolher o candidato que o seu partido irá apoiar nas eleições presidenciais de 2011 (liberal online).

Optar por apoiar este ou aquele candidato não faz nenhum sentido neste momento. Apesar das manifestações e movimentações nos dois partidos, os dois líderes estão concentrados e preocupados, neste momento, com as legislativas. De resto, não podia deixar de ser diferente.

Contudo, qualquer cidadão que preencha os requisitos estabelecidos pela Constituição, pode manifestar a sua disponibilidade e assumir-se como candidato. Neste momento não faltam candidatos disponíveis. Do lado do PAICV, sempre acreditei e continuo a acreditar que o candidato será o próprio José Maria Neves. Dos possíveis candidatos do PAICV, Aristides Lima parece ser o homem com o melhor perfil (admiro o homem), porém, infelizmente, JMN vai lhe puxar o tapete (coisas da política).

Pelas bandas do MpD, também vão surgindo alguns nomes (Isaura e Amilcar Spencer Lopes). Próximo do MpD surge, ainda, mais um candidato (Jorge Carlos Fonseca). Digo próximo já que o Zona não é militante do partido, apesar de ter mais afinidades com o MpD.

Zona começou cedo a sua corrida rumo ao Palácio do Plateau (talvez cedo demais). Neste momento, entendo que tanto Zona como o Aristides Lima já não podem desistir. Começaram cedo e já nadaram muito, agora resta-os, na condição de cidadãos cabo-verdianos, serem candidatos, com ou sem apoio de partidos políticos. Quando se corre o risco deve-se ir até ao fim. Afinal pretendem servir os cabo-verdianos e isso implica sacrifício.

Certo é que, nenhum deles poderá reclamar a falta do apoio partidário. Ambos são cidadãos livres e resolveram entrar na corrida, anteciparam aos partidos políticos na tentativa de assegurar o apoio, optaram por arriscar e como tudo na vida, quem arisca ou petisca ou cai do cavalo.
Nenhum dos partidos apresentou ainda o perfil do seu candidato e pode ser que nenhum deles se enquadre no perfil desenhado por Neves e Veiga.

No que diz respeito ao JMN, este vai fazendo com que o Inocêncio diminua o peso dos outros candidatos entre os militantes. Na Hora H assumirá a sua própria candidatura (a política é interessantíssimo!).

Veiga vai esperar pelo momento certo, o MpD tem de concentrar nas legislativas. Este é o objectivo principal. De resto, vencendo as legislativas significará, também, uma vitória nas presidenciais. Neste caso impõe-se a pergunta: a quem o MpD deve atribuir este prémio, quem será o militante do MpD a ser apoiado pelo MpD como candidato presidencial?

Juridicamente o candidato a PR é um candidato supra partidário, por isso as candidaturas são propostas por um mínimo de mil e um máximo de quatro mil cidadãos eleitores e não por partidos políticos. Estes apoiam. Contudo politicamente é um candidato partidário, dependerá da máquina partidária para ganhar as eleições. Neste sentido os candidatos aguardam, ansiosamente, o apoio dos partidos, pois, é o que interessa. O discurso de supra partidário não faz ninguém chegar ao palácio do Plateau. A boleia das legislativas é fundamental.

Ao definir o perfil do homem que deverá receber esta boleia, para além das imposições constitucionais, a militância deverá ser, no meu ponto de vista, um dos critérios. Primeiramente é de se apoiar um militante do partido, não havendo procura-se pelas figuras próximas ou independentes.

Assim é a política e só assim se justifica ser militante de um partido político. Esquecer este pormenor é ignorar, por completo, a noção de partidos políticos e desincentivar aqueles que ora militam ou pretendem militar no partido.

sábado, 20 de março de 2010

O crime compensa

Muitos cabo-verdianos, muitos homens e mulheres, muitos desempregados, gostariam de ter um encontro com o Primeiro-Ministro de Cabo Verde. O homem que tem nas mãos a governação do país e que foi eleito para resolver os problemas dos cabo-verdianos. Muitos gostariam de ter a oportunidade de falar do desemprego, do ensino superior, da saúde, a diáspora gostaria de desabafar ou simplesmente ter uma oportunidade de investir no seu país.

Eu gostaria de falar sobre os sete pecados do Governo. Infelizmente, JMN não tem tempo para receber e ouvir os problemas dos cabo-verdianos. Pelo contrário o homem tenta nos fazer de “bobo” dizendo que está tudo bem, a insegurança só existe na nossa imaginação, o desemprego idem. Quem for tolo ou depende das esmolas do JMN vai repetindo as barbaridades que o homem diz e assim passamos os nossos dias sentindo a dor, afogando no desespero sem esperanças de dias melhores.

Enquanto as nossas mulheres, os nossos filhos, os nossos irmãos esperam e desesperam sem soluções para os seus problemas, enquanto se isolam em casas com grades e cadeados fugindo de um eventual criminoso, enquanto a rua se esvazia ao por sol porque alguém se considera dono de tudo e acima da lei, quer nos levar o telemóvel, a carteira, e por vezes resolve violar as nossas filhas, irmãs, mulheres, enquanto tudo isso acontece na nossa cidade, no nosso país, o Primeiro-Ministro esquece e ignora todos os problemas dos cabo-verdianos e resolve condecorar aqueles que estão a tornar a nossa cidade num verdadeiro caos.

Os thugs serão compensados pelos crimes cometidos. Estes, ao contrário dos cabo-verdianos honestos e trabalhadores, terão direito a um encontro com o JMN. Não se sabe exactamente quais são os problemas que os thugs enfrentam. Contudo, acredito que já devem ter caderno reivindicativo e certamente já haverá um pré-aviso de greve.

O encontro servirá para negociações e no fim darão uma conferência de imprensa apresentando os compromissos do Governo e dos thugs. Entre as reivindicações dos thugs, estarão, seguramente:

Mais e melhores armas;
Desarmamento dos polícias e menos polícias nas ruas;
Proibição de instalação de grades nas janelas;
Extinção das empresas de segurança privada e proibição de guardas nocturnas;
Imunidades para que não possam ser julgados e condenados até as eleições.

Em troca do JMN deverá exigir o voto nas próximas eleições e uma trégua. Os thugs comprometem-se a cometer menos crimes, de modo a criminalidade diminua em, pelo menos, 50% até às legislativas.

Será que o crime realmente compensa ou o JMN julgou que o 1 Abril chegou mais cedo este ano?

sábado, 13 de março de 2010

DECLARAÇÃO POLÍTICA DO MpD

As Raízes do desenvolvimento, as bases da boa governação, os principios fundamentais da nossa Constituição, têm a sua origem na Declaração Política do MpD, de 14 de Março de 1990. Comprova isso, a seguinte referência feita a propósito da Revisão Constitucional.

“Preconizamos uma revisão constitucional que consagre o sistema democrático e pluralista, devendo nomeadamente:
a) a separação efectiva dos poderes legislativos, executivo e judicial;
b) a eleição do Presidente da República por sufrágio directo, secreto e universal;
c) a limitação do mandato do Presidente da República;
d) a incompatibilidade entre as funções de ministro e de deputados;
e) a criação do Tribunal Constitucional;
f) a garantia de condições para a efectiva independência da Justiça;
g) o princípio da existência de partidos políticos;
h) as bases do estatuto da oposição;
i) um sistema eleitoral assente no princípio da representatividade e da proporcionalidade de votos como a única expressão de legitimidade democrática;
j) a autonomia dos órgãos estatais da comunicação social, subtraindo-os da ingerência do Executivo e dos Partidos Políticos”.

segunda-feira, 8 de março de 2010

Esperança

Nada está perdido e tudo pode ser melhorado. Precisamos acreditar e não perder, nunca, a esperança.

Cabo Verde passa por momentos difíceis, o desemprego aumenta a cada dia e as famílias têm menos dinheiro para gastar. A economia está debilitada e a educação não ajuda muito. As nossas ruas tornaram-se cada vez mais inseguras.

Os cabo-verdianos precisam acreditar que dias melhores virão, que a partir de 2011 tudo pode ser diferente. A democracia faz renascer a esperança, sabemos que teremos oportunidade de mudar o rumo dos acontecimentos, sabemos que poderemos escolher novos caminhos, novas vias.

Sabemos que poderemos castigar aquele que nos levou a esta situação dramática e escolher aquele que poderá mudar o rumo dos acontecimentos.

8 de Março

Que seria de nós sem as nossas mulheres? O que seria deste mundo sem as nossas queridas mulheres? Razões para comemorar 8 de Março? Mil e uma razões para dar um beijo às nossas mulheres, para oferecer uma flor, um carinho ou simplesmente para ouvir e aprender com as nossas, sábias, mulheres.

As mulheres cabo-verdianas merecem sempre mais e melhor. Porquê? Porque são simplesmente as nossas mulheres e as nossas mulheres merecem sempre mais e melhor.
Um beijo com carinho para todas as mulheres cabo-verdianas, em especial as que me são mais próximas.

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Nuías Silva deixa cair a máscara

“Fenómeno “thug” é obra do MpD na década de 90 – Nuías Silva

O presidente da JPAI, Nuías da Silva, culpabiliza o MpD pelo surgimento do fenómeno "thug", em Cabo Verde. A acusação foi feita na passada terça-feira, 12, durante um debate alusivo ao 13 de Janeiro na Universidade Jean Piaget.

Nuías da Silva e Miguel Monteiro, dissertavam sobre vários aspectos, numa iniciativa organizada pela associação dos universitários da Piaget.

A dado momento da sua comunicação, o líder da JPAI foi taxativo ao associar a então maioria da década de 90, ao surgimento do fenómeno "thug". Reconhecendo que é um problema que merece urgente solução, Nuías da Silva precisou que a questão da delinquência juvenil "é um problema social, que tem de ser analisado a vários níveis". Acrescentou de seguida que o primeiro exemplo "é a questão de perda de valores que Cabo Verde sofreu durante a década de 90" em que o MpD era governo da república.

A afirmação do presidente da JPAI causou mal-estar e gargalhadas na plateia formada essencialmente por jovens universitários. Mesmo assim Nuías da Silva prosseguiu a sua saga. "Os ‘thugs'... são frutos da geração de 90", sentenciou, afirmando que isto "é a verdade".

Na réplica, Miguel Monteiro mostrou-se indignado com tamanha afirmação que segundo ele "não tem lógica". Monteiro, instou o seu homólogo a fazer um exercício matemático para apurar a veracidade da sua própria afirmação. É que segundo o presidente da JpD, os jovens identificados como "thugs" estão na faixa etária dos 15/20 anos, logo, "não podem ser da década de 90", defendeu.” In http://www.expressodasilhas.cv/

Quando recebi a mensagem de um amigo que presenciava e ouvia estas afirmações bizarras do Nuías não quis acreditar. Telefonei, confirmei e ouvi a gravação. Ainda assim, custa me acreditar nisso. Nunca imaginei que um líder da juventude diria tamanha barbaridade.

Apesar dos pesares via em Nuías um jovem inteligente e com futuro político, de resto, é o que se pode presumir de um líder da JPAI. Será que Nuías deixou cair a máscara?

A gravidade das afirmações obriga a um pedido de desculpas por parte do Nuías. Mais, tamanha leviandade impõe o pedido de demissão do cargo do presidente da JPAI.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Mais um 13 de Janeiro e mais um esquecimento

Acabei de assistir uma reportagem na TCV reveladora do desconhecimento da importância do dia 13 de Janeiro.

Alguns não sabem o porquê do feriado, outros consideram ser o dia da independência nacional, para alguns é o dia dos heróis nacionais.Chega desta inércia, é preciso que os governantes e os deputados valorizem a data, valorizem a nossa história, a nossa liberdade e a nossa democracia.

domingo, 10 de janeiro de 2010

AINDA SOBRE AS PRESIDENCIAIS: DR. MASCARENHAS MONTEIRO – UM POSSÍVEL CANDIDATO

Nesta busca de candidato presidencial a ser apoiado pelo MpD, ocorreu-me mais um nome: O que acham do Dr. António Mascarenhas Monteiro? Venceu sempre e foi, nos dois mandatos, Presidente de todos os cabo-verdianos e o seu nome é, hoje, internacionalmente reconhecido como um exemplo de chefe de Estado.

sábado, 2 de janeiro de 2010

PENDÊNCIAS POLÍTICAS DE 2009 – I

Politicamente, o ano 2009 deixou-nos um legado interessantíssimo: José Maria Neves e Carlos Veiga, dois grandes políticos, vão disputar a governação do país. Em 2011, o povo cabo-verdiano determinará a decisão final.

Contudo para as presidenciais, o PAICV e o MpD deixaram pendentes os seus apoios. Ainda não sabemos que candidato cada partido irá apoiar.
PAICV terá mais dificuldades na escolha, pois são tantos os candidatos: Aristides Lima, Hopffer Almada, Silvino da Luz, e Manuel Inocêncio. Da minha parte, continuo a acreditar, como sempre acreditei, que o candidato será o próprio José Maria Neves. O futuro dirá …..

Do lado do MpD, por enquanto, entre os possíveis candidatos temos: Isaura Gomes, Jorge Carlos Fonseca e Amílcar Spencer Lopes. Será que ainda aparecerão mais possíveis candidatos? Estou seguro de que sim. Aguardemos os próximos capítulos…
Até ao momento, Zona parece estar em vantagem. Contudo, Zau continua a ser um peso pesado. A Sra. Zau pode o que quiser na política. Basta querer, será Presidente da República.

Spencer Lopes, também um candidato com curriculum e perfil, está em desvantagem por ter iniciado tarde na corrida. Zona, entrou na corrida e já conta com muitos apoios. Seja qual for a escolha, Cabo Verde estará em boas mãos. Qual será então o candidato que defrontará Neves nas presidenciais? Numa próxima oportunidade farei a minha previsão.